Tentem imaginar comigo. Se relacionarmos as coisas boas do mundo a um Deus, a quem relacionaríamos as coisas ruins? Relacionando as ações erradas das pessoas à uma entidade mística superior, assim como relacionamos as boas ações, como devemos agir nos dias atuais referente à pessoas que jogam crianças pela janela? À pessoas que matam? Que roubam? Devemos reprimi-las – crucificá-las? - ou tratá-las como vítimas da manipulação - portanto não responsáveis por seus atos, como não somos responsáveis pelo bem no mundo(?) - de uma força misteriosa sem nenhuma prova científica?
No entanto, Deus sendo onipresente, onipotênte e onisciênte ele pode, de certa forma, ser responsável por estes atos, mas ninguém se atreve a relacionar a Ele o fato de uma criança ser arrastado por quilômetros preso à um carro. Minhas palavras podem parecer cruéis, as coisas são assim, e elfeminismo pode apenas mascarar tudo e tento exatamente fugir disto.
Acredito que somos diretamente responsáveis por nossos atos, sejam bons ou ruins. Vejo quando faço um favor para alguém e como resposta recebo um "Deus lhe pague” - como assim "Deus lhe pague"? – não que eu queira necessariamente algo em troca por este favor mas gratidão e consideração, alem da absorção deste exemplo, passando a diante para um bem comum. Cabe a cada um aceitar a tarefa de fazer o favor, de acordo com sua trajetória e os exemplos/ensinamentos que presenciou no seu passado. Os fatos não estão num plano sobrenatural, está em nossas mãos. Somos responsáveis pelo mal do mundo, assim como o bom.
Veja nossos exemplos: você, Daniel, esta seguindo sua vida, as coisas estão dando certo contigo. Trabalho, namoro, casa. - fico muito feliz por isso - Comigo não está muito diferente, estou conquistando as coisas que quero, tenho uma ótima namorada, um trabalho que me da boa estabilidade. E pense nos milhares de brasileiros que vivem passando necessidade nas favelas e no nordeste por exemplo, alem de diversas fatalidades que podem ter ocorrido em suas vidas. Essas pessoas podem não ter escolaridade, podem não ter uma boa carga de cultura mas o grau de religiosidade delas não temos como questionar. Porque, teoricamente, funciona conosco e não com elas também?
Vejo, a cada dia, que a religião passa a ser algo cada vez mais fora do contexto atual.
O livro, "Deus, Um Delírio", é dedicado à memória de Douglas Adams (1952-2001) com uma frase de sua autoria:
"Não é o bastante ver que um jardim é bonito sem ter que acreditar também que há fadas escondidas nele?"
Obs. Interessante esta discussão aqui. Continuem!
Bom João, este assunto não terá fim mesmo, mas entendo seu ponto de vista, por isso é tão dificil fazer com que você acredite naquilo que não pode ver, você é do tipo "ver para crer".
ResponderExcluirNão acredito em algo muito supremo, mas sim em Jesus que fez coisas boas em sua passagem por aqui e sempre desejou que fizessemos tambem. Coisas Ruins são realmente acontecem, ma elas acontecem de uma forma de punição ou orientação para os nossos proximos não cometerem nossos erros...
ádorei o tema e parabens pelos 1700 acessos!!
até!!
Cara o Rodrigo tirou as palavras dos meus dedos, ontem a noite queria escrever algo sobre isso neste post, mas o que ele disse nessa frase "é tão dificil fazer com que você acredite naquilo que não pode ver" realmente tem todo sentido, vc não consegue ver, vc pode sentir a presença, eu por exemplo por anos não havia me dado conta, mas ultimamente como te falei tenho percebido uma energia diferente, ele te mostra os caminhos até mesmo os ruins o da decepção, mas em 1 segundo ele pode mudar tudo e mostrar coisas boas, sentimentos bons.
ResponderExcluirRealmente é muito dificil te explicar só sentindo mesmo, quanto as pessoas que estão na favela e nordeste, acho que isso se deve a falta de oportunidade, não é que nós acreditamos em deus mais que elas, se fosse por isso as pessoas que vão a igreja já estariam ricos.