segunda-feira, 18 de maio de 2009

Leitura: Deus – Um delírio, mas porquê?

É fato que nossa mente nasce virgem, e conforme nos desenvolvemos, adquirimos informações do mundo e das pessoas a nossa volta. Formando nossos conceitos a partir dessas fontes. Se continuarmos ampliando nossa gama de conhecimento, teremos contato com outras leituras do mundo, pontos de vista diferenciado daquele no qual fomos criados. Mas a verdade não é subjetiva, indiferente do seu ponto de vista, a verdade é só uma. Em minha busca por uma verdade, estou lendo o livro Deus, Um Delirio de Richard Dawkins. Ao final do quarto capítulo, intitulado: Por que quase com certeza Deus não existe, o autor resume os argumentos principais do livro. São eles:

1. Um dos grandes desafios para o intelecto humano, ao longo dos séculos, vem sendo explicar de onde vem a aparência complexa e improvável de design do universo.

2. A tentação natural é atribuir a aparência de design a um design verdadeiro. No caso de um artefato de fabricação humana, como um relógio, o projetista realmente era um engenheiro inteligente. È tentador aplicar a mesma lógica a um olho ou a uma asa, a uma aranha ou uma pessoa.

3. A tentação é falsa, porque a hipótese de que haja um projetista suscita imediatamente o problema maior sobre quem projetou o projetista. O problema que tńhamos em nossas mãos quando começamos era o da improbabilidade estatística. Obviamente não é solução postular uma coisa ainda mais improvável. Precisamos de um guindaste, não de um “guincho celeste”, pois apenas um guindaste é capaz de avançar de forma gradativa e plausível da simplicidade para a complexidade, que de outra maneira seria improvável.

4. O guindaste mais engenhoso e poderoso descobberto até agora é a evolução darwiniana, pela seleção natural. Darwin e seus sucessores mostraram como as criaturas vivas, com sua probabilidade estatística espetacular e enorme aparência de ter sido projetadas, evoluiram atraves de degraus gradativos, a partir de um inicio simples. Podemos dizer hoje com segurança que a ilusão do design nas criaturas vivas não passa disso - uma ilusão.

5. Não vemos ainda um guindaste equivalente para a física. Alguma teoria do tipo da do multiverso pode em principio fazer pela física o mesmo trabalho explanatório que o darwinismo fez pela biologia. Esse tipo de explicação é, na superfície, menos satisfatório que a versão biológica do darwinismo, porque faz exigências maiores à sorte. Mas o princípio antrópico nos da o direito de postular uma dose de sorte bem maior que aquela com a qual a nossa intuição humana limitada consegue se sentir confortável.

6. Não devemos perder a esperança de que surja um guindaste melhor na física, algo tão poderoso quanto o darwinismo é para a biologia. Mas, mesmo na ausência de um guindaste altamente satisfatório equivalente ao biológico, os guindastes relativamente fracos que temos hoje são, com a ajuda do princípio antrópico, obviamente melhores que a hipótese contraproducente de um guincho celeste, o projetista inteligente.

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